1. Identificação | |
Tipo de Referência | Livro ou Monografia (Book) |
Site | marte3.sid.inpe.br |
Código do Detentor | isadg {BR SPINPE} ibi 8JMKD3MGPCW/3DT298S |
Identificador | 6qtX3pFwXQZsFDuKxG/z8nzc |
Repositório | sid.inpe.br/marciana/2003/08.12.09.49 (acesso restrito) |
Última Atualização | 2019:01.23.14.19.42 (UTC) marciana |
Repositório de Metadados | sid.inpe.br/marciana/2003/08.12.09.49.23 |
Última Atualização dos Metadados | 2021:08.09.04.52.24 (UTC) administrator |
Chave Secundária | INPE-9882-RPE/743 |
ISBN/ISSN | ISBN 85-88565-37-4 |
Rótulo | self-archiving-INPE-MCTIC-GOV-BR |
Chave de Citação | OliveiraVianFerr:2001:MeFu |
Título | Meteorologia fundamental |
Ano | 2001 |
Data de Acesso | 13 maio 2024 |
Tipo Secundário | LN |
Número de Páginas | 432 |
Número de Arquivos | 1 |
Tamanho | 27071 KiB |
| 2. Contextualização | |
Autor | 1 Oliveira, Lucimar Luciano 2 Vianello, Rubens Leite 3 Ferreira, Nelson Jesus |
Grupo | 1 DSR-INPE-MCT-BR |
Editora (Publisher) | EdiFAPES |
Cidade | Erechin |
Histórico (UTC) | 2004-10-26 17:48:41 :: marciana -> administrator :: 2018-06-06 03:57:14 :: administrator -> marciana :: 2001 2019-01-23 14:19:43 :: marciana -> administrator :: 2001 2021-08-09 04:52:24 :: administrator -> :: 2001 |
| 3. Conteúdo e estrutura | |
É a matriz ou uma cópia? | é a matriz |
Estágio do Conteúdo | concluido |
Transferível | 1 |
Tipo do Conteúdo | External Contribution |
Palavras-Chave | meteorologia oceano atmosfera |
Resumo | A Meteorologia é uma ciência multidisciplinar e complexa. Suas raízes ancestrais situam-se nas inquietações pré-históricas do homem, na luta pela preservação da vida, contra os fenômenos naturais imprevisíveis. Pois antes mesmo de criar o Éden, dissera Deus, no segundo dia: "Haja um firmamento no meio das águas e que ele separe as águas das águas". As águas das chuvas das águas do mar. Esse mar, campo de trabalho, ambiente de vida, mas também grande reservatório, grande fonte, das águas superiores. Águas que se elevam pela evaporação e, ao condensar-se, formam nuvens que produzem chuvas. Estas, para fechar o ciclo, alimentam mananciais, lagos e lagoas, pequenos e grandes rios e, finalmente, chegam de volta ao mar, de onde saíram. Por isso, desde os primórdios, na própria origem da caminhada humana, foi necessário interrogar os céus para prever as chuvas, fugir dos raios, vencer a tempestade. E, certamente, mesmo antes de aventurar-se às primeiras descobertas, o homem da caverna observou os primeiros raios de sol sobre o campo, o primeiro orvalho da manhã, a primeira geada, o primeiro granizo. Os grandes desafios que se punham aos antigos, na caça e na pesca, na agricultura rudimentar, diante dos perigos naturais, foram pouco a pouco vencidos. A sociedade humana precisava antecipar-se a enchentes e estiagens, intuir as mudanças da natureza, compreender o ciclo das estações, decifrar o movimento dos astros. E os mitos ancestrais e a Escritura Sagrada dão conta de que, ainda na infância da humanidade, o mundo esteve às voltas com o dilúvio. A tragédia, que marcou a história, há de ter deixado no espírito do homem a inquietação de mais e mais aprofundar-se na compreensão dos fenômenos, na previsão do tempo e do clima, de modo a garantir-lhe permanência sobre a Terra, sua casa. Na atmosfera, essa imensa extensão de matéria gasosa, ocorrem os principais fatos que formam, em seu conjunto, o objeto da Ciência Meteorológica: fenômenos físicos e químicos, no campo da mecânica, da termodinâmica, da ótica, do magnetismo e de outras disciplinas; fenômenos presentes e passados, cujos efeitos permanecem; outros, ainda por ocorrer, de cujo prognóstico depende a preservação da vida. A observação desses fenômenos foi desenvolvida ao longo das incontáveis gerações que se sucederam. 0 sopro do vento, a ascensão e a descida das massas de ar, o orvalho, o nevoeiro. A evaporação da água e a condensação do vapor d'água, a formação das nuvens, as chuvas, as tempestades; o poder destrutivo de ciclones, tomados, furacões. A formação perene ou sazonal de superfícies geladas; o granizo, a geada, as nevascas. A sucessão de estações temperadas, quentes e frias, função de solstícios e equinócios. Finalmente, o tempo meteorológico, que é preciso conhecer e prever, para evitar seus efeitos, na impossibilidade de controlar suas causas. E, mais, o espetáculo das auroras polares, boreais e austrais, e dos demais meteoros luminosos; e outros tantos fenômenos de refração e reflexão, visíveis como o arco-íris ou invisíveis como a transmissão de ondas-rádio. Sob vários aspectos, a água é a mais importante das substâncias presentes no ambiente terrestre. Do ponto de vista meteorológico, tal prevalência é ainda mais crítica: vapor d'água, é um dos principais componentes do ar; gota líquida que se forma em tomo de núcleo sólido, está presente em nuvens e nevoeiros; cristal de gelo, é o mais eficaz desses núcleos, permitindo a condensação do vapor d'água e a conseqüente formação da gota; precipitando, é granizo, neve ou chuva; condensando ou sublimando sob resfriamento, produz orvalho ou geada. Oceanos, rios, lagos e lagoas, lençóis subterrâneos, pântanos e outros acidentes menores são reservatórios de água. E os altos picos gelados, o imenso continente antártico e as regiões árticas, em que a neve permanece presente todo o tempo. Contudo, também a atmosfera é um grande reservatório de água, na forma de vapor, mas igualmente como nuvem, nos estados líquido e sólido. Numa perspectiva mais ampla, o universo pode ser considerado um continuum, um macrossistema em que todas as galáxias, sistemas planetários e planetas coexistem, aquelas mesmas leis, fundamentais, que tanto seduziram e ainda seduzem os e em toda a história da humanidade. 0 movimento e o equilíbrio das partículas subatômicas, a ligação das molecas elementares, as reações químicas que organizam e transformam a matéria, a conservação de energia e de massa, o movimento e a gravitação dos corpos celeste isso permanece presente, lá como aqui, nas distâncias intergaláticas ou no alcance visual, no sistema solar ou na estrela mais remota. Uma visão bem simples do planeta, indicando a existência de continentes, oceanos e atmosfera, revela a consolidação de estruturas complexas, de elementos visíveis e invisíveis, submetidos a todo tipo de processo, químico, físico ou de outra natureza, no íntimo infinitesimal da matéria quântica ou no espaço imensurável do universo entrópico. Na origem desses processos deve-se destacar a importância da radiação solar. A incidência da energia irradiada pelo sol sobre os grandes reservatórios naturais fornece-lhes calor e altera seu estado de equilíbrio, promovendo fusão do gelo e evaporação da água. A posterior ascensão das massas de ar úmido sob resfriamento resultará em condensação ou sublimação do vapor d'água. É assim que, em todas as suas fases, a água é o grande elemento termorregulador, condutor e utiliza energia, essencial às transformações que ocorrem no planeta, em continentes oceanos, bem como nas partículas suspensas na atmosfera. Cada um desses materiais vai refletir, absorver ou espalhar a radiação de curta recebida e, mais, liberar calor em onda longa de modo a manter o balanço energético do sistema planetário em rotação e translação. As respostas, no ar, n e no mar, são diferenciadas e, com essas diferenças, surgem os movimentos atino cos e oceânicos. 0 envoltório de gases que nos cerca - cujo limite se perde entre a Terra e o Sol - tem seus principais movimentos na primeira dúzia de quilômetros, onde se situam a troposfera, a baixa estratosfera e a fronteira entre elas, a tropopausa. 0 movimento vertical dos sistemas meteorológicos não ultrapassa, portanto, os dez ou doze quilômetros, dentro dos quais estão contidos três quartos da atmosfera. Já o oceano, de contornos bem mais nítidos - os limites continentais, o relevo submarino e a superfície das águas - define seus movimentos em limites menores, estabelecidos pelos fundos marinhos, em torno de seis a sete mil metros. E, aí, a maior parte desses movimentos, como as correntes da circulação geral, se dará em regiões próximas de terra, sobre a plataforma continental, e nas primeiras camadas subsuperficiais. A medida vertical das profundidades envolvidas nos principais deslocamentos de massa, no mar, é da ordem de algumas centenas de metros. As duas massas fluidas, uma predominantemente gasosa, outra predominantemente líquida, interagem, exercem uma sobre a outra influência direta. Além disso, oceano e atmosfera sofrem ambos a ação dos astros, principalmente do Sol, quando e trata de transferência de calor. Ora, a troca de energia térmica entre os dois meios unidos é inevitável. A evaporação na superfície do mar e a precipitação atmosférica alteram o balanço de vapor d'água, assim como o atrito do vento promove o arrasto a massa líquida. Isto sem entrar em maiores detalhes, no campo da microfísica da precipitação, das ínfimas partículas de sais que se tomam núcleos em gotas de nuvens. Por exemplo, as posições médias sazonais da zona de convergência intertropial (ZCIT) e dos anticiclones subtropicais; e a relação desses sistemas atmosféricos com a circulação das correntes de Benguela, do Brasil e das Guianas; a posição das "frentes climáticas" atmosféricas do verão e do inverno; e sua relação com a convergência subtropical, no Atlântico Sul. Outro exemplo, agora em menor escala, o efeito de uma frente meteorológica, induzindo convergência na massa líquida e, portanto, formação de frente oceânica. Segundo Solano (1985), observa-se isto sempre que a frente fria permanece estacionária sobre o mar durante cerca de três dias ou mais. É comum notar-se maior afluxo de cardumes nas imediações de sistemas estacionários, fato que é, aliás, aproveitado por pescadores experientes. De qualquer modo, assim como as escalas espaciais no ar e no mar são diferentes mais de dez quilômetros contra poucas centenas de metros -, também as escalas mporais de um e outro meio se opõem: as variações no mar são mais lentas que as ariações na atmosfera. Um dos mais conhecidos fenômenos de escala planetária que denotam a interação ar-mar é o "EI Niño". Para compreendê-lo, deve-se observar, primeiro, que costa oeste dos continentes possui águas permanentemente frias, graças a dois fatores: as correntes vindas de altas latitudes - de Benguela no Atlântico, de Humboldt no Pacífico - e a ressurgência, associada ao deslocamento para oeste (no hemisfério sul) da massa d'água superficial, devida ao arrastamento do vento (espiral de Ekman). Se o anticiclone do Pacífico enfraquece, ocorre a redução da ressurgência. Essa redução pode ser de tal ordem que induza o aquecimento das águas da região, com drásticas conseqüências: redução da piscosidade e chuvas fortes, nas costas do Equador e do Peru. Mas o que há de mais interessante é que se descobriu uma correlação estatística entre anos de "EI Niño" e anos de seca no Nordeste do Brasil, assim como entre anos de "La Ninho" (aqueles em que a ressurgência é mais forte que o normal, na costa do Peru) e anos de enchente no Nordeste do Brasil. No período de 1982/83, observou-se o "El Ninho" com intensidade até então desconhecida. Tivemos então no Brasil sistemas frontais estacionários sobre Santa Catarina , com chuvas extremas; e, ao mesmo tempo, fortíssima estiagem no Nordeste. Estudando aquele mesmo período, 82/83, Lino e Mascarenhas (1985) demonstraram que a corrente das Malvinas chegou até 24º S e Solano (1985) informou que o jato subtropical de sotavento dos Andes localizou-se climaticamente mais ao norte, numa posição mais continental que nos anos normais. Eis por que fazemos eco às sábias palavras de Eugen Seibold, registradas em epígrafe, de que "a interface ar-mar é realmente o coração do sistema meteorológico do globo, o clima representando a "integral" ou a sinergia de conjunto dos fatores meteorológicos". Que esta tarefa, que assumimos, de apresentar matéria tão vasta e apaixonante como a Meteorologia, de uma perspectiva e de uma vivência de homens do mar e da terra, seja cumprida dignamente. |
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| 5. Fontes relacionadas | |
Unidades Imediatamente Superiores | 8JMKD3MGPCW/3ER446E 8JMKD3MGPGW/45823FH |
Divulgação | NTRSNASA, BNDEPOSITOLEGAL. |
Acervo Hospedeiro | sid.inpe.br/banon/2001/04.03.15.36 |
| 6. Notas | |
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